Última temporada de ‘The Witcher’: Henry Cavill se despede em grande estilo

Review: ‘The Witcher’ temporada 3 volume 1 não é perfeita, mas é um começo decente para a turnê de despedida de Henry Cavill

O terceiro volume de The Witcher está chegando ao fim, trazendo um misto de emoções para os fãs da série. Independentemente de ser considerada a melhor ou a pior temporada do show, é inegável que esta será lembrada como a despedida de Henry Cavill no papel de Geralt of Rivia. A notícia da saída do ator foi surpreendente e causou uma grande repercussão, principalmente após o anúncio de Liam Hemsworth como seu substituto.

A pressão sobre a equipe criativa já estava alta e, mesmo assim, o início dessa despedida triunfa em termos de história, escala e espetáculo. No entanto, há um grande problema: a divisão dos principais programas da Netflix em “volumes”. Essa escolha é frustrante para os espectadores, que sabem que não verão uma história completa sendo contada. Embora empolgante, até mesmo o gancho que marca o término do quinto capítulo desta primeira parte certamente deixará os fãs ávidos pela conclusão.

A terceira temporada começa com tudo, apresentando Geralt em uma sequência clássica em que ele mostra todo seu poder e estilo ao derrotar invasores. O design visual da série continua impressionante, mesmo diante das críticas recebidas pelas mudanças feitas. Além disso, a narrativa aborda novamente o tema da família encontrada, com Geralt agindo como o pai adotivo (pelo menos para ele) de Ciri e Yennefer continuando sua relação complicada com Geralt.

Os momentos dramáticos entre eles são intensos e revelam suas emoções mais profundas. No entanto, também há o inevitável afastamento e reconciliação entre eles, quando Ciri percebe que não está melhor sozinha, mas sim ao lado de Geralt e Yennefer. Jaskier, por sua vez, continua sendo a principal fonte de alívio cômico, porém nesta temporada ele ganha mais profundidade em suas interações com os outros personagens.

Embora algumas situações se tornem repetitivas ao longo da temporada – como o grupo se separando e depois se reunindo novamente -, é inegável que a trama mantém seu ritmo acelerado. Enquanto acompanhamos as aventuras do trio principal, diversos personagens secundários têm participação importante nas histórias paralelas. E todos esses enredos se entrelaçam em uma teia complexa que envolve interesses pessoais e confrontos políticos.

Por mais intrigante que seja acompanhar todas essas peças em movimento, fica evidente a falta de resolução dos conflitos. São muitas histórias abertas e nenhuma parece próxima de chegar a um desfecho satisfatório. No entanto, considerando que a segunda parte desta temporada ainda está por vir, podemos supor que toda essa construção é apenas prelúdio para um final grandioso e emocionante para Geralt.

O último episódio adota a técnica narrativa clássica do Rashomon com maestria. Uma festa serve como pano de fundo para revelações e informações importantes sobre as tramas em andamento. Apesar da frustração por saber que teremos que esperar mais um mês para obter todas as respostas necessárias, é inegável o talento com o qual esses momentos são entregues.

Em conclusão, a terceira temporada de The Witcher tem potencial para ser o ápice da série como um todo. Embora seja difícil julgar uma temporada inteira quando metade dela está sendo mantida em segredo pela Netflix, podemos inferir que essa primeira parte é apenas uma preparação para um desfecho espetacular. Os fãs terão que exercitar um pouco mais de paciência, mas a espera promete valer a pena.

Com informações do We Got This Covered.