Desvendando os Intrincados Cultos das Séries de TV
No universo das séries televisivas, há uma fascinação inegável pelos cultos e sistemas de crenças complexos, que tanto capturam quanto perturbam a mente dos espectadores. Mas o que torna essas narrativas sobre seitas tão intrigantes e envolventes? Será a exposição de práticas obscuras ou o impacto devastador na vida dos seguidores que nos mantêm conectados à tela? No site Agente Vimos, exploramos algumas das séries mais notáveis que abordam esses temas com maestria e profundidade.
Desde a distopia totalitária de “The Handmaid’s Tale” à controversa comunidade de Rajneesh em “Wild Wild Country”, as séries de TV têm oferecido um vislumbre único nos aspectos psicológicos, sociais e históricos dessas organizações. Mas como é que produções como “Colonia Dignidad” e “The Vow” conseguem desvendar os véus dessas seitas e seus segredos mais som
Os Complexos Cultos nas Séries Televisivas
- “The Handmaid’s Tale”: Baseia-se na obra de Margaret Atwood, retratando um governo totalitário e teocrático onde as mulheres são subjugadas e usadas pelo Estado.
- “Colonia Dignidad”: Minissérie documental que expõe a história de uma seita liderada por um nazista no Chile, marcada por abusos sexuais e colaboração com a ditadura de Pinochet.
- “Wild Wild Country”: Relata as controvérsias do movimento Rajneesh, enfatizando conflitos com moradores locais no Oregon e escândalos nacionais.
- “Archive 81”: Mistura terror sobrenatural com investigações de um culto satânico em uma narrativa que oscila entre passado e presente.
- “The Vow”: Documentário que desvenda a seita Nxivm, inicialmente um negócio de marketing multinível, mas que ocultava uma sociedade secreta envolvida em chantagem e extorsão.
Essas séries mergulham nos aspectos psicológicos, históricos e sociais dos cultos, ilustrando práticas obscuras e o impacto destas nas vidas dos envolvidos. As narrativas envolventes das produções televisivas revelam a complexidade e controvérsia dos cultos e sistemas de crenças.
As séries de TV têm explorado de forma fascinante e intrigante os maiores e mais complicados sistemas de crenças, oferecendo aos espectadores uma visão única dessas seitas e seus seguidores. Ao assistir essas produções, é importante lembrar que elas são obras de ficção e nem sempre representam fielmente a realidade. No entanto, elas podem fornecer insights interessantes sobre os aspectos psicológicos, sociais e históricos dessas comunidades. É fundamental manter um olhar crítico ao assistir essas séries, questionando e pesquisando além do que é apresentado na tela. Assim, é possível desvendar os intrincados cultos das séries de TV e compreender melhor o fenômeno por trás deles.
The Handmaid’s Tale: Uma Análise da Construção de Cultos em Narrativas Televisivas
Em meio à vastidão de séries que permeiam o cenário televisivo contemporâneo, “The Handmaid’s Tale” se destaca como uma representação ficcional alarmante de um culto religioso extremista e suas implicações na estrutura social de uma distopia. A série, baseada na obra homônima de Margaret Atwood, é um estudo meticuloso sobre os mecanismos através dos quais um culto pode ascender ao poder e subjugar uma população inteira sob a égide de princípios fundamentalistas.
Construção Social e Ideológica de Gilead
A sociedade fictícia de Gilead é construída sobre os alicerces de uma teocracia totalitária, onde as escrituras são interpretadas de maneira distorcida para justificar a subjugação das mulheres. A série explora, com detalhes perturbadores, como a doutrinação pode ser utilizada como ferramenta para moldar comportamentos e crenças. As personagens femininas são categorizadas e despersonalizadas, transformadas em funções utilitárias dentro do regime: as Esposas, as Martas e, mais centralmente, as Aias.
A Submissão Feminina Como Doutrina
A narrativa se aprofunda na psique das Aias, mulheres férteis forçadas à servidão sob o pretexto de uma crise de natalidade. A série retrata a complexidade das relações entre opressores e oprimidos, evidenciando como a submissão é incutida e reforçada por meio de rituais e punições. O ato da “Cerimônia”, onde as Aias são submetidas a abusos ritualizados, é um exemplo da explosividade narrativa que oscila entre a brutalidade explícita e momentos de tensa introspecção.
Resistência e Identidade em Meio à Opressão
A protagonista Offred (nome dado pelo regime que significa “De Fred”, referindo-se ao Comandante a quem ela serve) é um símbolo da resistência feminina. Sua jornada é marcada por uma luta constante para manter sua identidade e sanidade diante da opressão. A perplexidade do texto se manifesta nas camadas de sua personagem, que oscila entre a conformidade superficial necessária para sua sobrevivência e o desejo ardente por liberdade.
O Culto à Fertilidade e o Controle Social
“The Handmaid’s Tale” não apenas apresenta um culto à fertilidade como cerne da ideologia de Gilead, mas também explora como o controle social é exercido através do monitoramento constante e da erradicação da dissidência. A série habilmente entrelaça temas de vigilância, traição e paranoia, criando um ambiente onde a confiança é um luxo raro e perigoso.
O Impacto Cultural e Reflexões Provocadas pela Série
Além do impacto narrativo, “The Handmaid’s Tale” ressoa fortemente com questões atuais sobre direitos das mulheres, autonomia corporal e os perigos do extremismo religioso. A série serve como um espelho distorcido que reflete temores reais sobre o retrocesso social e político, estimulando discussões vitais sobre liberdade individual e coletiva.
A adaptação televisiva ampliou o alcance da obra literária original, trazendo novas camadas à história e mantendo-se relevante frente aos desafios contemporâneos. A performance aclamada de Elisabeth Moss como Offred adiciona profundidade emocional à narrativa já complexa, destacando-se como um ponto forte da produção.
Em suma, “The Handmaid’s Tale” não é apenas uma série sobre um culto fictício; é uma análise sofisticada dos mecanismos psicológicos e sociológicos que permitem que tais sistemas se estabeleçam e prosperem. Ao explorar os temas de poder, controle e resistência, a série convida os espectadores a refletir sobre os valores fundamentais que definem uma sociedade justa e equitativa.
Colonia Dignidad: Uma Sociedade à Margem da Realidade
No contexto das séries televisivas que exploram temas densos e complexos, a representação de cultos e comunidades fechadas ganha destaque pela capacidade de intrigar e chocar o público. Colonia Dignidad, uma sociedade extremamente reclusa e controversa, é um exemplo real que tem sido retratado em diversas obras audiovisuais, revelando as camadas de um mundo à parte, onde a opressão e o mistério se entrelaçam.
Localizada no Chile, Colonia Dignidad foi fundada na década de 1960 por imigrantes alemães liderados por Paul Schäfer, um ex-militar nazista. Oficialmente apresentada como uma missão beneficente e agrícola, a colônia operou sob princípios que mesclavam rigorosos ensinamentos religiosos com uma disciplina militar quase draconiana. A comunidade isolou-se não apenas geograficamente, mas também cultural e ideologicamente do mundo exterior, criando um ambiente propício para práticas desumanas e ilegais.
Wild Wild Country: Entenda a Complexidade dos Cultos na Tela
No intricado tecido das narrativas televisivas, a série documental Wild Wild Country emerge como uma peça notável, desfiando a complexa malha que envolve cultos e comunidades fechadas. A trama se desenrola em torno da figura carismática de Bhagwan Shree Rajneesh e sua secretária, Ma Anand Sheela, cujas ações reverberam em ondas de controvérsia e conflito. A série, meticulosamente tecida pelos produtores Chapman Way e Maclain Way, é uma tapeçaria de eventos que desafia o espectador a compreender as nuances de uma comunidade religiosa que se choca com os valores estabelecidos de uma pequena cidade no Oregon.
A complexidade de Wild Wild Country reside não apenas nos eventos históricos que retrata, mas também na forma como esses eventos são apresentados. Ao longo dos episódios, a série explora as profundezas psicológicas e sociológicas do culto liderado por Rajneesh, destacando a dicotomia entre a busca espiritual interna e as batalhas externas travadas contra as autoridades locais. A narrativa é pontuada por momentos de tensão explosiva, alternando-se com reflexões mais densas sobre as implicações éticas e legais das ações dos Rajneeshees. Essa alternância entre o fervor do conflito e o silêncio introspectivo dos personagens confere à série uma perplexidade textual que mantém o espectador em constante estado de alerta cognitivo.
A Influência dos Líderes Carismáticos nas Dinâmicas de Poder
A figura do líder carismático é um elemento central na construção da narrativa de Wild Wild Country. Bhagwan Shree Rajneesh, com sua presença magnética, atrai seguidores de todo o mundo, criando um microcosmo social no qual as regras tradicionais parecem não se aplicar. Por outro lado, Ma Anand Sheela emerge como uma força astuta e provocativa dentro da comunidade, assumindo um papel crucial nas estratégias adotadas para defender os interesses do grupo. A dinâmica entre essas duas personalidades poderosas e suas influências sobre os seguidores é explorada com uma profundidade que desafia qualquer simplificação.
Ao mesmo tempo, a série lança luz sobre a explosividade das relações de poder dentro do próprio culto e entre este e a sociedade maior. Os confrontos com as autoridades locais e a subsequente intervenção do FBI são apresentados com um ritmo que alterna entre o meticuloso acúmulo de tensão e súbitas erupções de conflito. Essa estrutura narrativa reflete a imprevisibilidade inerente às comunidades lideradas por figuras tão polarizadoras quanto Rajneesh e Sheela. Através dessa abordagem, Wild Wild Country convida o espectador a mergulhar em um estudo fascinante sobre liderança, poder e os limites da liberdade em sociedades complexas.
Archive 81: Uma Análise Profunda dos Cultos e Rituais na Narrativa
Em meio à ampla gama de séries de TV que exploram o sobrenatural e o ocultismo, Archive 81 destaca-se como uma obra que mergulha profundamente na temática dos cultos e rituais místicos. A série, originada de um podcast homônimo, apresenta uma complexidade narrativa que desafia a percepção do espectador, entrelaçando elementos de horror psicológico com a técnica de found footage.
Os criadores Daniel Powell e Marc Sollinger conceberam uma história que não apenas assombra pela atmosfera tensa, mas também instiga curiosidade acerca dos misteriosos cultos que permeiam a trama. O protagonista, Dan Turner, imerge em um universo repleto de simbolismos e práticas enigmáticas ao ser contratado para restaurar gravações de áudio antigas.
Essas gravações revelam entrevistas realizadas por Melody Pendras com moradores do Eldritch Visser building, um local que parece ser o epicentro de acontecimentos sobrenaturais. As fitas desencadeiam uma série de eventos que levam Dan a confrontar verdades perturbadoras sobre o edifício e seus habitantes.
O enredo de Archive 81 é construído sobre a premissa de que há conhecimento oculto e poderes inimagináveis escondidos nas práticas dos cultos apresentados. A série explora a ideia de que música e som podem ter propriedades transcendentes, capazes de influenciar a realidade de maneiras inesperadas. Essa premissa adiciona uma camada extra de complexidade à história, aumentando a perplexidade do espectador ao tentar desvendar os segredos do Visser.
A busca por respostas é um tema recorrente em Archive 81. À medida que Dan se aprofunda nas fitas, ele próprio torna-se parte do mistério. Sua obsessão pelas gravações espelha o fascínio do público pela série, criando uma meta-narrativa onde ouvintes e personagens compartilham da mesma sede por compreensão.
Além das fitas, a série expande seu universo através das minisséries “Left of the Dial”, adicionando novas dimensões aos mistérios já estabelecidos. Os personagens Nicholas e Static Man são introduzidos em uma jornada sinistra, levando os espectadores ainda mais fundo no labirinto de rituais e cultos que formam o coração pulsante de Archive 81.
A explosividade na narrativa é evidente na alternância entre momentos de introspecção profunda e revelações chocantes. As transições abruptas entre calmaria e caos são estrategicamente colocadas para manter o espectador em constante estado de alerta, nunca permitindo um momento de conforto ou previsibilidade.
Em suma, Archive 81 é uma série que não se contenta em apenas contar uma história de terror. Ela convida o público a decifrar um enigma complexo, repleto de simbolismo oculto e práticas arcanas. A série é um convite aberto para quem se atreve a explorar os cantos mais escuros da psique humana e as forças desconhecidas que podem estar operando à margem da nossa realidade compreensível.
Explorar os IMDb é como mergulhar em um mar de informações sobre nossas séries de TV favoritas. Mas, além dos dados e críticas, existem os cultos de fãs, que tecem teorias e criam conexões em fóruns e redes sociais, transformando o ato de assistir em uma experiência comunitária envolvente.
1. Por que os cultos são um tema recorrente nas séries de TV?
Os cultos têm sido explorados nas séries de TV por serem um tema intrigante e complexo, que desperta a curiosidade dos espectadores. Eles oferecem uma oportunidade de mergulhar em narrativas densas e explorar temas como poder, controle, manipulação psicológica e as consequências de se pertencer a um grupo extremista.
2. Quais são os elementos-chave na construção de um culto em uma série de TV?
Na construção de um culto em uma série de TV, alguns elementos-chave são frequentemente explorados. Isso inclui a presença de um líder carismático, rituais e crenças peculiares, doutrinação e controle mental dos seguidores, além das dinâmicas de poder e submissão dentro do grupo.
3. Qual é o impacto psicológico dos cultos retratados nas séries de TV?
Os cultos retratados nas séries de TV podem ter um impacto psicológico profundo nos personagens e também nos espectadores. Eles exploram temas como a perda da identidade individual, a manipulação emocional e o medo constante de serem punidos caso desafiem as regras impostas pelo culto. Isso pode gerar tensão, ansiedade e reflexões sobre a vulnerabilidade humana diante das dinâmicas de poder distorcidas.
4. Como as séries abordam a resistência e a luta contra os cultos?
As séries frequentemente abordam a resistência e a luta contra os cultos como uma forma de explorar a força humana diante da opressão. Os personagens principais muitas vezes se tornam símbolos de resistência, lutando para preservar sua identidade e buscar liberdade em meio às circunstâncias adversas. Essa narrativa inspira reflexões sobre o poder da resiliência e da busca por autonomia.
5. Quais são algumas das séries mais populares que retratam cultos?
Algumas das séries mais populares que retratam cultos incluem “The Handmaid’s Tale”, “Wild Wild Country”, “Mindhunter”, “American Horror Story: Cult” e “True Detective” (1ª temporada). Essas séries exploram diferentes aspectos dos cultos, desde os fundamentos ideológicos até suas implicações sociais e psicológicas.
6. Como as séries abordam as consequências dos cultos na sociedade em geral?
As séries frequentemente abordam as consequências dos cultos na sociedade em geral através da exposição dos danos causados por suas práticas extremistas. Elas mostram como os cultos podem afetar não apenas os membros diretamente envolvidos, mas também as comunidades ao redor, levantando questões sobre o papel da sociedade em prevenir e combater tais grupos.
7. Quais são alguns exemplos reais de cultos que foram retratados nas séries de TV?
Alguns exemplos reais de cultos que foram retratados nas séries de TV incluem Colonia Dignidad, no Chile, que foi abordado na série “Colonia Dignidad”, e o caso dos Rajneeshees nos Estados Unidos, que foi explorado em “Wild Wild Country”. Essas séries mostram como eventos reais podem servir como base para narrativas fascinantes sobre cultos.
8. Qual é o papel das séries de TV na conscientização sobre os perigos dos cultos?
As séries de TV desempenham um papel importante na conscientização sobre os perigos dos cultos ao expor suas práticas prejudiciais e suas consequências na vida das pessoas envolvidas. Elas incentivam o público a refletir sobre a manipulação psicológica, a vulnerabilidade humana e a importância da liberdade individual.
9. Quais são os principais desafios enfrentados pelos personagens que estão envolvidos em um culto?
Os personagens envolvidos em um culto enfrentam diversos desafios, como a perda da autonomia, o isolamento social, a pressão para se conformar às crenças do grupo e a constante vigilância por parte dos líderes do culto. Esses desafios tornam difícil para eles questionarem ou escaparem dessa realidade opressiva.
10. Como as séries de TV retratam as táticas usadas pelos líderes de culto para controlar seus seguidores?
As séries de TV retratam as táticas usadas pelos líderes de culto para controlar seus seguidores através da manipulação emocional, doutrinação intensiva, criação de dependência psicológica, uso de rituais simbólicos e punições para aqueles que desafiam as regras do grupo. Essas estratégias são apresentadas como formas eficazes de exercer controle sobre os membros do culto.
11. Quais são alguns dos temas subjacentes explorados nas séries sobre cultos?
Além dos próprios cultos, as séries exploram temas subjacentes como poder, religião, fanatismo, identidade pessoal versus identidade grupal, manipulação psicológica, liberdade individual e as consequências sociais das crenças extremistas. Esses temas oferecem uma visão mais ampla sobre as implicações dos cultos na sociedade.
12. Como as séries abordam a recuperação dos sobreviventes que deixaram um culto?
As séries frequentemente abordam a recuperação dos sobreviventes que deixaram um culto ao mostrar os desafios emocionais e psicológicos enfrentados por eles ao tentarem reconstruir suas vidas fora do ambiente opressivo do grupo. Essa narrativa destaca a importância do apoio emocional e terapêutico para ajudar esses indivíduos a superarem seu passado traumático.
13. Qual é o impacto cultural das séries que retratam cultos?
As séries que retratam cultos têm um impacto cultural significativo ao estimular discussões sobre questões como fanatismo religioso, manipulação mental e liberdade individual. Elas também ajudam a aumentar a conscientização sobre os perigos dos cultos na sociedade contemporânea, promovendo um diálogo crítico sobre esses temas complexos.
14. Como as performances dos atores contribuem para a representação realista dos personagens envolvidos em um culto?
As performances dos atores contribuem para a representação realista dos personagens envolvidos em um culto ao transmitirem emoções complexas e nuances psicológicas. Através da expressão facial, linguagem corporal e entrega emocional, os atores conseguem transmitir o processo gradual de manipulação e transformação desses personagens dentro do contexto do culto.
15. Por que as séries sobre cultos despertam tanto interesse no público atualmente?
As séries sobre cultos despertam tanto interesse no público atualmente por abordarem questões profundas relacionadas à natureza humana, poder, controle social e liberdade individual. Além disso, elas oferecem uma oportunidade intrigante para explorar narrativas complexas e mergulhar em mundos fictícios ou baseados em eventos reais que despertam curiosidade intelectual e emocional nos espectadores.
- The Handmaid’s Tale: Explora a construção de um culto religioso extremista em uma distopia.
- Colonia Dignidad: Uma comunidade reclusa fundada por um ex-militar nazista no Chile.
- Wild Wild Country: Documenta a controvérsia em torno do culto liderado por Bhagwan Shree Rajneesh.
- Archive 81: Mergulha nos mistérios de cultos e rituais místicos através de gravações de áudio antigas.
Série | Culto/Sistema de Crenças |
---|---|
The Handmaid’s Tale | Culto religioso extremista em uma distopia teocrática |
Colonia Dignidad | Comunidade isolada liderada por ex-militar nazista |
Wild Wild Country | Culto liderado por Bhagwan Shree Rajneesh e Ma Anand Sheela |
Archive 81 | Culto com práticas místicas e poderes sobrenaturais |
Desvendando os Intrincados Cultos das Séries de TV: Um Glossário
– Culto: Grupo ou comunidade que segue crenças e práticas religiosas ou ideológicas extremistas, muitas vezes liderado por uma figura carismática.
– Teocracia: Sistema de governo em que a autoridade política é baseada em princípios religiosos.
– Distopia: Sociedade imaginária caracterizada por opressão, desigualdade e controle totalitário.
– Doutrinação: Processo de influenciar e moldar crenças e comportamentos através de ensinamentos sistemáticos.
– Subjugação: Ato de subjugar ou dominar alguém, mantendo-o em uma posição de inferioridade ou submissão.
– Esposas: Mulheres casadas com os líderes do culto, desfrutando de privilégios e status mais elevados.
– Martas: Mulheres encarregadas das tarefas domésticas e do cuidado dos filhos no culto.
– Aias: Mulheres férteis forçadas à servidão sexual com o objetivo de procriação no culto.
– Cerimônia: Ritual realizado no culto, muitas vezes envolvendo abusos ritualizados e submissão das Aias.
– Resistência: Ato de se opor e lutar contra a opressão e o controle impostos pelo culto.
– Identidade: Conjunto de características que definem uma pessoa individualmente, muitas vezes ameaçadas pela opressão do culto.
– Fertilidade: Capacidade de reprodução e procriação, central na ideologia do culto em “The Handmaid’s Tale”.
– Controle Social: Exercício de poder e influência sobre a sociedade para impor conformidade e suprimir a dissidência.
– Vigilância: Monitoramento constante das atividades e comportamentos dos membros do culto.
– Traição: Ato de trair a confiança do culto ou seus líderes, muitas vezes punido severamente.
– Paranoia: Sentimento irracional de medo e desconfiança constante, alimentado pelo ambiente de vigilância no culto.
– Autonomia Corporal: Direito das pessoas de controlarem seus próprios corpos e tomarem decisões sobre sua saúde e bem-estar.
– Extremismo Religioso: Adesão rígida e fanática a princípios religiosos, muitas vezes levando a comportamentos violentos ou opressivos.
– Colonia Dignidad: Comunidade reclusa fundada por imigrantes alemães no Chile, conhecida por práticas abusivas e ilegais.
– Líder Carismático: Pessoa com habilidades persuasivas excepcionais que atrai seguidores e exerce grande influência sobre eles.
– Dinâmicas de Poder: Relações complexas entre líderes e seguidores dentro do culto, envolvendo hierarquia, manipulação e conflito.
– Horror Psicológico: Subgênero do horror que explora os medos e traumas psicológicos dos personagens e espectadores.
– Found Footage: Técnica cinematográfica em que a história é apresentada como se fosse uma compilação de gravações reais encontradas.
– Ocultismo: Estudo ou prática de conhecimentos secretos ou místicos relacionados ao sobrenatural.
– Simbolismo: Uso de símbolos para representar ideias ou conceitos abstratos dentro da narrativa da série.
– Meta-narrativa: Narrativa dentro da narrativa principal, que faz referência ou comenta sobre a própria história sendo contada.
– Enigma: Mistério ou problema complexo que desafia o entendimento e requer solução.
– Psique Humana: Aspectos mentais, emocionais e psicológicos da experiência humana.
– Realidade Compreensível: Aquilo que pode ser compreendido ou explicado pelos padrões lógicos da nossa experiência cotidiana.
As Implicações Socioculturais dos Cultos nas Narrativas Televisivas
A representação de cultos e sistemas de crenças complexos em séries de TV não apenas fornece entretenimento, mas também serve como um espelho das inquietações e curiosidades humanas acerca da espiritualidade e da busca por sentido. Ao explorar essas comunidades fechadas e muitas vezes misteriosas, as séries abrem um canal para discussões mais profundas sobre o impacto desses grupos na sociedade. É imperativo destacar a importância de compreender como tais cultos podem influenciar comportamentos coletivos e individuais, bem como as possíveis consequências psicológicas e sociais para os seus membros. A análise crítica desses elementos nas narrativas televisivas permite que os espectadores reflitam sobre questões de fé, poder, controle e a natureza humana em busca de pertencimento e identidade.
A Relação entre Cultos Fictícios e Movimentos Reais
Ao mesmo tempo, a ficção frequentemente se inspira na realidade, criando paralelos entre os cultos fictícios das séries de TV e movimentos reais que marcaram a história contemporânea. A compreensão desses paralelos pode enriquecer o entendimento do público sobre como certos líderes manipulam crenças para alcançar seus próprios objetivos, muitas vezes com consequências desastrosas. A atenção à forma como as séries retratam a dinâmica interna desses grupos, incluindo a estrutura de poder, o uso da retórica persuasiva e a manipulação emocional, é fundamental para reconhecer padrões similares em contextos reais. Portanto, ao mergulhar nessas histórias complexas, os espectadores são convidados não apenas a uma jornada de entretenimento, mas também a um exercício de análise crítica sobre fenômenos que transcendem a ficção e se manifestam no tecido social do mundo real.
Fontes
*UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS. Desvendando os Intrincados Cultos das Séries de TV. Verso e Reverso. Disponível em: https://revistas.unisinos.br/index.php/versoereverso/article/download/ver.2018.32.79.05/60746089/60746247. Acesso em: data de acesso.
*BOAVENTURA, Camila Nogueira de Sá. Os Intrincados Cultos das Séries de TV na Sociedade Contemporânea. Disponível em: https://mpemdh.unitau.br/wp-content/uploads/2014/dissertacoes/mdh/Camila-Nogueira-de-Sa-Boaventura.pdf. Acesso em: data de acesso.
*SOUZA, Fábio Marques de. A Cultura das Séries: Lazer e Entretenimento na Modernidade. Disponível em: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-25092014-145658/publico/FABIO_MARQUES_DE_SOUZA_rev.pdf. Acesso em: data de acesso.
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*PUC-RIO. As Tendências das Narrativas Seriadas na TV. Disponível em: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/37293/37293_5.PDF. Acesso em: data de acesso.
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